quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Brasil reforçou segurança e fechou bolsa após ataques nos EUA (Postado por Erick Oliveira)

Enquanto as torres gêmeas do World Trade Center, em Nova York, pegavam fogo após terem sido atingidas por aviões sequestrados, em 2001, o medo de que os acontecimentos nos Estados Unidos repercutissem no Brasil atingiu diversos setores do país.
No dia 11 de setembro daquele ano, voos que sairiam tendo os Estados Unidos como destino chegaram a ser suspensos e a Polícia Federal aumentou o número de agentes atuando no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, após as notícias sobre o atentado.
Ainda nos aeroportos, a revista em passageiros e bagagens de cada voo passou a ser ainda mais minuciosa. E a segurança também foi reforçada na embaixada dos Estados Unidos, em Brasília, nos consulados e em instituições não oficiais da comunidade americana.
Na economia, o mercado de ações brasileiro foi fortemente afetado pelos ataques ocorridos nos Estados Unidos. O pregão durou apenas uma hora e 15 minutos. O curto espaço de tempo, no entanto, foi suficiente para levar o Ibovespa a uma queda de 9,17%. No dia 11 de setembro de 2001, a bolsa de Nova York sequer chegou a abrir. Ela foi reaberta só em 17 de setembro, depois de dois minutos de silêncio em homenagem às vítimas do atentado.
Após os ataques nos Estados Unidos, o presidente do Brasil à época, Fernando Henrique Cardoso, decretou luto oficial em todo o país por três dias. Em mensagem enviada ao presidente George W. Bush, FHC afirmou que “as notícias dos ataques terroristas em Nova York e Washington provocaram indignação no Brasil”. O presidente condenou ainda “nos termos mais fortes possíveis todas as formas de terrorismo”.
Assustados, pais de alunos de escolas de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília foram buscar seus filhos mais cedo nos colégios. Algumas escolas chegaram a liberar seus alunos antes do término das aulas para que acompanhassem o noticiário pela TV.
Em São Paulo, o prédio homônimo ao WTC funcionava normalmente naquela manhã de terça-feira. Quando receberam a notícia do atentado, executivos planejavam a 32ª edição do Encontro Mundial de World Trade Centers, que ocorreu em outubro de 2001, na capital paulista.
“Eu estava justamente em uma reunião de pauta e organização do evento. Lembro que desci do prédio e vi uma movimentação grande vinda do Centro Empresarial Nações Unidas, nosso vizinho. Ouvia-se que era uma ameaça de bomba, mas logo vimos que se tratava de alarme falso”, conta Bruno Bomeny, presidente do WTC Business Club, em São Paulo, em entrevista ao G1.
Noticiário modificado
A notícia dos ataques a alvos nos Estados Unidos dominou rapidamente o espaço na mídia brasileira. Acontecimentos de relevância no país acabaram relegados ao último plano diante da magnitude dos atentados.
O principal exemplo desse movimento ocorreu com a morte do então prefeito de Campinas Antônio da Costa Santos, o Toninho do PT, assassinado a tiros ao lado de um shopping da cidade na noite de 10 de setembro de 2001.
“Eu acho que há um sentimento, principalmente entre os moradores de Campinas, de que os atentados tiraram o foco do crime [assassinato do então prefeito]. Sem sombra de dúvida essa ausência de repercussão pública beneficiou distorções como as que ocorreram nas investigações do caso e no processo”, afirma Paulo Búfalo, hoje presidente do PSOL em Campinas. Em 2001, Búfalo era vereador líder da bancada do PT, além de corregedor da Câmara Municipal de Campinas.
O atentado também levou ao cancelamento de um evento que reuniria, em Brasília, cineastas, atores e produtores no Palácio do Planalto, em comemoração à edição da Medida Provisória do cinema nacional.
Em Porto Alegre, o novo Terminal do Aeroporto Internacional Salgado filho, um dos mais modernos do país, foi inaugurado no dia 11 de setembro de 2001, mas a notícia não teve grande espaço de veículos nacionais. As obras haviam sido iniciadas em janeiro de 1997.
Nos EUA, o Grammy Latino, cuja segunda edição aconteceria naquela noite de 11 de setembro de 2001, em Los Angeles, foi cancelado pela organização após os ataques em Nova York e Washington.

Quem sou eu

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Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.