Por Rodrigo Viga Gaier
RIO DE JANEIRO (Reuters) - Tropas federais vão auxiliar as polícias civil e militar do Rio de Janeiro na ocupação das favelas que serão contempladas por obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) a partir de março, informou a Secretaria de Segurança Pública do Rio.
Os primeiros detalhes do esquema de segurança nas comunidades do Alemão, Rocinha e Manguinhos foram definidos nesta segunda-feira numa reunião com o ministro da Justiça, Tarso Genro, e o Secretário Nacional de Segurança Pública, Antônio Carlos Biscaia.
A polícia do Rio vai ter o apoio da Força Nacional de Segurança para ocupar as comunidades. Em princípio, o emprego das Forças Armadas está descartado no plano de urbanização das favelas. As polícias federal e rodoviária federal vão atuar no setor de inteligência.
"Pretendemos uma mudança de paradigma. Trata-se de uma ocupação pacífica. Vamos dialogar, sem dúvida. Não é uma guerra", afirmou Genro, acrescentando que representantes do governo federal e autoridades do Estado vão se reunir com as lideranças das comunidades antes da ocupação policial.
O secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, completou: "A polícia não vai levar a violência e não vai em espírito de guerra. Vamos colocar a força necessária para que as obras sejam realizadas".
O efetivo será definido em uma reunião nos próximos dias. A Força Nacional de Segurança já atuou no Rio antes e durante os Jogos Pan-Americanos, em julho do ano passado.
BOLSA PARA POLICIAIS
No encontro, Beltrame apresentou uma lista de policiais do Rio de Janeiro que são candidatos a receber uma bolsa do governo federal.
O Pronasci- Programa Nacional de Segurança com Cidadania- prevê a concessão de uma bolsa de 400 reais ao mês aos policiais que participarem de cursos de reciclagem, cidadania e outros oferecidos pelo governo.
O teto para receber o benefício é de um salário mensal de 1.400 reais ao mês.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública, o Pronasci teria 20 mil bolsas disponíveis para o Rio de Janeiro.
O Estado tem cerca de 39 mil policiais militares e 10 mil policiais civis, que têm uma piso maior que os militares --aproximadamente 1.300 reais contra 800 reais.
Fonte: Uol Notícias
http://noticias.uol.com.br/ultnot/brasil/2008/01/28/ult1928u5263.jhtm